O Zé não é João.
Também é bom,
Honesto, puro e serviçal,
O Zé é o cara, o tal.
Homem valente e dócil,
Não tem que não tem,
Enfrentador de obstáculos,
Medroso na timidez.
É o Zé da praça,
Muito cheio de graça.
Que ri qual criança
De tudo e de nada.
Olá seu Zé, com respeito
Madame, por favor,
Deixa que eu faço
Nada me custa, é de gosto.
Chega lá em casa,
Tomá um café com pão
E manteiga da boa
Que não me falta.
Desculpe, madame,
Não me tem direito
Sou um Zé ninguém
Na casa do prefeito?
Perfeito seu Zé,
Te dou um nome direito:
Senhor José da Silva
e um enderêço.
Desde aquele dia
O Zé não é mais o mesmo.
Sem graça, tristeza contida
No peito que cala.
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