31 dezembro, 2010

Andando na noite

Na noite, ando nas ruas
Que levam a nada.
Ora aqui um medo,
Ora ali uma surpresa.

Um gato preto ou branco,
É um gato ...
Um vulto que não vejo
Mas sinto de fato.

Um morto vivo,
Um soco na cara.
Um gesto insano
É um simples engano.

Não sei se estou indo,
Ou voltando.
A vida passando
A criança sorrindo.

De nada ...

Que fazes?

Que fazes da vida,
nas fases das lidas
que enfrentas, vividas
nas sombras perdidas.

Que fazes da vida
Nas horas sombrias,
Na face as orgias
Transparecem feridas.

No auge da fama
Os delírios afloram
Na tarde do pranto
Seus ólhos choram.

A encruzilhada,
o tempo calado,
A boca que dorme
No sono da ausência.

09 dezembro, 2010

Ouça

Ouça, atentamente você
O que ouves? nada ...
Não fuja, não desvie sua atenção
Ouça, ouça, ouça-te.

Não, não é engano
É real.
O que agora pensa ouvir,
A voz do irreal.

Feche os ólhos,
Sinta por inteiro o teu corpo
Já esquecido de ser teu
De ser você.

Sinta o teu pulsar
A tua vida no teu corpo
Esquecido de amar
De sorrir ou de chorar.

Alegra-te, estás vivo
Faça um carinho em tuas mãos
Em teu colo, em teus pés
Que te levam por todos os caminhos.

Renda graças ao teu criador
Você pode sentir as estrelas
O perfume das flores
E sempre um novo amanhecer.

07 dezembro, 2010

Quando

Quando a dor cabe nas mãos, as mãos doem, o peito sangra e a alma rejuvenesce do teu amor proibido.

Eis-me

De lado da dor a beleza inflama e arrebata o perfume de ti. Oxalá meu pranto regasse teus pés e me seduzisse a alma e me amasse na morte.

Vim

Cheguei em uma carruagem puxada por cavalo de ferro, lastreando seus encantos, retorcendo meus sonhos carregados de nuvens solitárias e feri meus punhos e cerrei os lábios, depois de um beijo imaginário.