24 agosto, 2009

Criança

Quando fui menino morava no sítio de meus avós. Tempo danado de bom aquele quando eu deixava a vida se fazer em mim. A vida me procurava naquele menino, que ainda não tinha que procurar pela vida. Eu, simplesmente vivia. Não questionava a minha existência; não procurava entender o significado da vida, o meu destino, o meu comportamento. Quando a gente é menino, sente que a vida é de graça e tem graça. Quando ficamos adulto, não sabemos mais viver direito a vida. A gente complica a vida da gente. Se ficássemos sempre com aquele jeito de criança, claro que haveria brigas, que haveria desentendimentos, mas não haveria guerras, não haveria mortes. Ser criança é danado de bom. Mas, nós, já que somos adultos, temos que ser adultos, e é uma dávida sermos adultos, não podemos nos esquecer de dar condições para que as crianças possam usufruir do direito de serem crianças; facilitar para que elas tenham meios de se conduzirem na vida com esperanças, com confiança em si próprias, que, em sendo, indefesas, não sejam maltratadas. Devemos sempre lembrar que a criança é o rascunho do projeto do futuro homem.

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